sexta-feira, 20 de abril de 2012

O Grupo Pro Raízes promoveu Jantar em Homenagem ao seu Diretor Social João Francisco Ferreira Nascimento.


O Grupo Pró Raízes promoveu no dia 12 de Abril no Espaço Araguari localizado no Jardim Europa, um jantar em homenagem ao seu novo Diretor Social, João Francisco, por suas iniciativas a favor da tolerância religiosa e em prol de um verdadeiro Estado Laico.

O Jantar iniciou-se com diversas personalidades do meio Religioso, Político, amigos, familiares, representantes do CEAGESP, empresários de diversos segmentos, representantes de Guarulhos e da Baixada Santista.

Os Convidados foram recepcionados com um belíssimo coquetel, em meio a conversas descontraídas e informais,
logo após todos foram conduzidos ao salão principal, onde se deu inicio a homenagem com o Presidente do Pró Raízes, o Sr. Walmor Douglas, onde o mesmo agradeceu a presença de todos, relatando a importância dessa homenagem ao Diretor Social João Francisco.

O Deputado Federal Vicente Candido do PT abriu a sua fala relatando a importância do Companheiro João Francisco em defesa das etnias  e desigualdades sociais que ainda hoje é um grande problema.

O Presidente do Diretório Municipal do Partido dos Trabalhadores, Antonio Donato Madorno, fez questão de Parabenizar o companheiro João Francisco e ressaltar que  conhece o seu brilhante trabalho, sempre em defesa dos menos privilegiados, aproveitando para destacar o seu excelente trabalho como Sub-Prefeito do Itaim Paulista na gestão da então Senadora Marta Suplicy.

O Presidente do PT, Donato também estava ali representando o Candidato à Prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad, que lhe mandou mensagem justificando sua ausência e também  parabenizando pelo seu brilhante trabalho reconhecido nos meios sociais.

A Senadora Marta Suplicy do PT, por meio de sua assessoria, enviou telegrama justificando sua ausência desejando votos de sucesso e reconhecendo o seu grande trabalho a frente da Subprefeitura do Itaim Paulista.

Depois de homenagens prestadas o jantar foi servido em ambiente descontraído, onde logo após, encerraram-se as atividades, todos felizes e satisfeitos. 

sábado, 21 de janeiro de 2012

A crença de que a felicidade é um direito, tem tornado despreparada a geração mais preparada

Por Eliane Brum

ELIANE BRUM
Jornalista, escritora e documentarista. Ganhou mais de 40 prêmios nacionais e internacionais de reportagem. É autora de Coluna Prestes – O Avesso da Lenda (Artes e Ofícios), A Vida Que Ninguém Vê (Arquipélago Editorial, Prêmio Jabuti 2007) e O Olho da Rua (Globo).
E-mail: elianebrum@uol.com.br
Twitter: @brumelianebrum

Ao conviver com os bem mais jovens, com aqueles que se tornaram adultos há pouco e com aqueles que estão tateando para virar gente grande, percebo que estamos diante da geração mais preparada – e, ao mesmo tempo, da mais despreparada. Preparada do ponto de vista das habilidades, despreparada porque não sabe lidar com frustrações. Preparada porque é capaz de usar as ferramentas da tecnologia, despreparada porque despreza o esforço. Preparada porque conhece o mundo em viagens protegidas, despreparada porque desconhece a fragilidade da matéria da vida. E por tudo isso sofre, sofre muito, porque foi ensinada a acreditar que nasceu com o patrimônio da felicidade. E não foi ensinada a criar a partir da dor. 

Há uma geração de classe média que estudou em bons colégios, é fluente em outras línguas, viajou para o exterior e teve acesso à cultura e à tecnologia. Uma geração que teve muito mais do que seus pais. Ao mesmo tempo, cresceu com a ilusão de que a vida é fácil. Ou que já nascem prontos – bastaria apenas que o mundo reconhecesse a sua genialidade. 

Tenho me deparado com jovens que esperam ter no mercado de trabalho uma continuação de suas casas – onde o chefe seria um pai ou uma mãe complacente, que tudo concede. Foram ensinados a pensar que merecem, seja lá o que for que queiram. E quando isso não acontece – porque obviamente não acontece – sentem-se traídos, revoltam-se com a “injustiça” e boa parte se emburra e desiste. 

Como esses estreantes na vida adulta foram crianças e adolescentes que ganharam tudo, sem ter de lutar por quase nada de relevante, desconhecem que a vida é construção – e para conquistar um espaço no mundo é preciso ralar muito. Com ética e honestidade – e não a cotoveladas ou aos gritos. Como seus pais não conseguiram dizer, é o mundo que anuncia a eles uma nova não lá muito animadora: viver é para os insistentes. 

Por que boa parte dessa nova geração é assim? Penso que este é um questionamento importante para quem está educando uma criança ou um adolescente hoje. Nossa época tem sido marcada pela ilusão de que a felicidade é uma espécie de direito. E tenho testemunhado a angústia de muitos pais para garantir que os filhos sejam “felizes”. Pais que fazem malabarismos para dar tudo aos filhos e protegê-los de todos os perrengues – sem esperar nenhuma responsabilização nem reciprocidade. 

É como se os filhos nascessem e imediatamente os pais já se tornassem devedores. Para estes, frustrar os filhos é sinônimo de fracasso pessoal. Mas é possível uma vida sem frustrações? Não é importante que os filhos compreendam como parte do processo educativo duas premissas básicas do viver, a frustração e o esforço? Ou a falta e a busca, duas faces de um mesmo movimento? Existe alguém que viva sem se confrontar dia após dia com os limites tanto de sua condição humana como de suas capacidades individuais? 

Nossa classe média parece desprezar o esforço. Prefere a genialidade. O valor está no dom, naquilo que já nasce pronto. Dizer que “fulano é esforçado” é quase uma ofensa. Ter de dar duro para conquistar algo parece já vir assinalado com o carimbo de perdedor. Bacana é o cara que não estudou, passou a noite na balada e foi aprovado no vestibular de Medicina. Este atesta a excelência dos genes de seus pais. 

Esforçar-se é, no máximo, coisa para os filhos da classe C, que ainda precisam assegurar seu lugar no país.
Da mesma forma que supostamente seria possível construir um lugar sem esforço, existe a crença não menos fantasiosa de que é possível viver sem sofrer. De que as dores inerentes a toda vida são uma anomalia e, como percebo em muitos jovens, uma espécie de traição ao futuro que deveria estar garantido.

Pais e filhos têm pagado caro pela crença de que a felicidade é um direito. E a frustração um fracasso. Talvez aí esteja uma pista para compreender a geração do “eu mereço”. 

Basta andar por esse mundo para testemunhar o rosto de espanto e de mágoa de jovens ao descobrir que a vida não é como os pais tinham lhes prometido. Expressão que logo muda para o emburramento. E o pior é que sofrem terrivelmente. Porque possuem muitas habilidades e ferramentas, mas não têm o menor preparo para lidar com a dor e as decepções. Nem imaginam que viver é também ter de aceitar limitações – e que ninguém, por mais brilhante que seja, consegue tudo o que quer. 

A questão, como poderia formular o filósofo Garrincha, é: “Estes pais e estes filhos combinaram com a vida que seria fácil”? É no passar dos dias que a conta não fecha e o projeto construído sobre fumaça desaparece deixando nenhum chão. Ninguém descobre que viver é complicado quando cresce ou deveria crescer – este momento é apenas quando a condição humana, frágil e falha, começa a se explicitar no confronto com os muros da realidade. Desde sempre sofremos. E mais vamos sofrer se não temos espaço nem mesmo para falar da tristeza e da confusão. 

Me parece que é isso que tem acontecido em muitas famílias por aí: se a felicidade é um imperativo, o item principal do pacote completo que os pais supostamente teriam de garantir aos filhos para serem considerados bem sucedidos, como falar de dor, de medo e da sensação de se sentir desencaixado? Não há espaço para nada que seja da vida, que pertença aos espasmos de crescer duvidando de seu lugar no mundo, porque isso seria um reconhecimento da falência do projeto familiar construído sobre a ilusão da felicidade e da completude. 

Quando o que não pode ser dito vira sintoma – já que ninguém está disposto a escutar, porque escutar significaria rever escolhas e reconhecer equívocos – o mais fácil é calar. E não por acaso se cala com medicamentos e cada vez mais cedo o desconforto de crianças que não se comportam segundo o manual. Assim, a família pode tocar o cotidiano sem que ninguém precise olhar de verdade para ninguém dentro de casa. 

Se os filhos têm o direito de ser felizes simplesmente porque existem – e aos pais caberia garantir esse direito – que tipo de relação pais e filhos podem ter? Como seria possível estabelecer um vínculo genuíno se o sofrimento, o medo e as dúvidas estão previamente fora dele? Se a relação está construída sobre uma ilusão, só é possível fingir. 

Aos filhos cabe fingir felicidade – e, como não conseguem, passam a exigir cada vez mais de tudo, especialmente coisas materiais, já que estas são as mais fáceis de alcançar – e aos pais cabe fingir ter a possibilidade de garantir a felicidade, o que sabem intimamente que é uma mentira porque a sentem na própria pele dia após dia. É pelos objetos de consumo que a novela familiar tem se desenrolado, onde os pais fazem de conta que dão o que ninguém pode dar, e os filhos simulam receber o que só eles podem buscar. E por isso logo é preciso criar uma nova demanda para manter o jogo funcionando. 

O resultado disso é pais e filhos angustiados, que vão conviver uma vida inteira, mas se desconhecem. E, portanto, estão perdendo uma grande chance. Todos sofrem muito nesse teatro de desencontros anunciados. E mais sofrem porque precisam fingir que existe uma vida em que se pode tudo. E acreditar que se pode tudo é o atalho mais rápido para alcançar não a frustração que move, mas aquela que paralisa. 

Quando converso com esses jovens no parapeito da vida adulta, com suas imensas possibilidades e riscos tão grandiosos quanto, percebo que precisam muito de realidade. Com tudo o que a realidade é. Sim, assumir a narrativa da própria vida é para quem tem coragem. Não é complicado porque você vai ter competidores com habilidades iguais ou superiores a sua, mas porque se tornar aquilo que se é, buscar a própria voz, é escolher um percurso pontilhado de desvios e sem nenhuma certeza de chegada. É viver com dúvidas e ter de responder pelas próprias escolhas. Mas é nesse movimento que a gente vira gente grande.

Seria muito bacana que os pais de hoje entendessem que tão importante quanto uma boa escola ou um curso de línguas ou um Ipad é dizer de vez em quando: “Te vira, meu filho. Você sempre poderá contar comigo, mas essa briga é tua”. Assim como sentar para jantar e falar da vida como ela é: “Olha, meu dia foi difícil” ou “Estou com dúvidas, estou com medo, estou confuso” ou “Não sei o que fazer, mas estou tentando descobrir”. Porque fingir que está tudo bem e que tudo pode significa dizer ao seu filho que você não confia nele nem o respeita, já que o trata como um imbecil, incapaz de compreender a matéria da existência. É tão ruim quanto ligar a TV em volume alto o suficiente para que nada que ameace o frágil equilíbrio doméstico possa ser dito. 

Agora, se os pais mentiram que a felicidade é um direito e seu filho merece tudo simplesmente por existir, paciência. De nada vai adiantar choramingar ou emburrar ao descobrir que vai ter de conquistar seu espaço no mundo sem nenhuma garantia. O melhor a fazer é ter a coragem de escolher. Seja a escolha de lutar pelo seu desejo – ou para descobri-lo –, seja a de abrir mão dele. E não culpar ninguém porque eventualmente não deu certo, porque com certeza vai dar errado muitas vezes. Ou transferir para o outro a responsabilidade pela sua desistência. 

Crescer é compreender que o fato de a vida ser falta não a torna menor. Sim, a vida é insuficiente. Mas é o que temos. E é melhor não perder tempo se sentindo injustiçado porque um dia ela acaba

sábado, 7 de janeiro de 2012

TERRORISMO DA “META DE INFLAÇÃO” FALHOU


O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Ampliado – a inflação oficial, IPCA – cravou 0,5% em dezembro, levando o acumulado no ano de 2011 para 6,5%.
Bem no limite do teto que, durante seis meses, a mídia “especializada” disse que ia estourar.
Aliás, eles sabiam que ia ficar dentro da meta, mas torciam por 0,01 ou 0,02% a mais, para “terem razão”.
Ridículo, como análise econômica: 6,5% ou 6,52%, do ponto de vista da economia é o mesmo.
Mas não era do ponto de vista da propaganda, que é o que muitas vezes fazem, em lugar de jornalismo.
Mas até isso deu xabu.
Qualquer um sabia, bastava olhar os índices, que a inflação estava em queda em relação ao último trimestre de 2010 e em relação ao primeiro semestre do ano.
Mas invocou-se a inflação explosiva lilhões de vezes para combater a ideia de que os juros deveriam baixar.
Eles sabem que não é o tomate e o acém no lugar dos juros do Federal Reserve ou da Libor inglesa que se determina a rentabilidade do capital financeiro.
Mas sabem que o terror midiático gera indecisão, paralisia e tibieza nos governantes.
É assim que funciona o terrorismo, não é?

POR FERNANDO BRITO

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

A VERDADEIRA FARRA DO GOVERNO LULA

A verdadeira farra do governo Lula, não só em 2010, mas ao longo de todo o seu governo foi ter aumentado substancialmente o investimento, contribuindo para reverter os impactos da crise internacional de 2009 e sustentando uma trajetória de crescimento econômico que foi decisiva para transformar o Brasil na 6ª maior economia do mundo.

Foto: Divulgação
O ano de 2010, último do governo Lula, tem sido apunhalado como um momento de péssimo exemplo, de gastança com fins eleitorais. Segundo aqueles que sistematicamente fazem a caveira do ex-presidente, a dita cuja, a "farra", teria se transformado em uma conta salgada que teve que ser paga em 2011.
Uma análise meticulosa, com dados de uma série de longo prazo, mais preocupada em analisar o comportamento das finanças públicas, apresenta informações pra lá de interessantes e elucidativas para tirarmos conclusões bastante diferentes.
O estudo do IPEA "Como anda o investimento público no Brasil?" (coordenado pelo pesquisador Claudio Hamilton) mostrou que a taxa de investimento público, de 1995 a 2011, atingiu seus níveis mais baixos nos anos de 1999 e 2003.
Em 1999 e 2003, o investimento bateu o fundo do poço, próximo a 1,5% do PIB. Em 2003, houve um ajuste fiscal duríssimo. Ambos foram momentos de crise. 1999 foi o ano da crise de desvalorização cambial, e 2003 foi o ano de ajuste após a instabilidade econômica e política que marcou o fim do governo FHC. A partir de 2004, houve uma retomada progressiva do investimento público. A presidência Lula o fez crescer de forma progressiva até bater o recorde, justamente em 2010, de 2,9% do PIB.
Resumindo a ópera, os dados nos permitem verificar que ocorreu, a partir de 2004, uma expansão contínua da taxa de investimento público.
É verdade que há picos de investimento em anos eleitorais e retrações nos anos seguintes? Tudo indica que sim. A presidenta Dilma está pagando parte da conta do último ano do governo Lula? Certamente, do mesmo modo como Lula pagou a conta do último ano do governo FHC. Diga-se de passagem, muitíssimo salgada.
As oscilações ocorridas entre 1995 e 2002 são bruscas. Desenham o que já se convencionou chamar "vôo de galinha" - saltos abruptos e quedas desconcertantes.
Contudo, para além das oscilações sazonais, por abalos decorrentes de crises e dos períodos eleitorais, o mais importante seria considerar o óbvio ululante: a presidência Lula reverteu a trajetória declinante do investimento público, que persistiu até 2003, e a fez ascendente a partir de seu segundo ano de mandato.
Tal tendência torna-se muito mais firme após 2007, coincidentemente, ano de lançamento do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Pois bem, este programa, vez por outra criticado como lento e ineficiente, foi a base que fez o investimento público mais que duplicar, passando de R$ 49,5 bi, em 1995, e R$ 42,6 bi, em 2003, para mais de R$ 104 bilhões em 2010.
Detalhe: o estudo não inclui os investimentos promovidos pelas empresas estatais. Significa dizer que a taxa de investimento em 2010 deve ter sido substancialmente mais elevada do que o patamar apurado, e que a contribuição do PAC deve ser bem maior do que a analisada pelo estudo.
Portanto, essa foi a verdadeira farra do governo Lula, não só em 2010, mas ao longo de todo o seu governo: ter aumentado substancialmente o investimento, contribuindo para reverter os impactos da crise internacional de 2009 e sustentando uma trajetória de crescimento econômico que foi decisiva para transformar o Brasil na 6ª maior economia do mundo, com perspectiva de se tornar a 5ª maior entre 2015 e 2020.

Colunista: Antonio Lassance
03/01/2012

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

CRISE DO EURO OU DO CAPITALISMO?

Após a segunda guerra mundial os países centrais da Europa, enquanto Estado, investiram muito porque tinham concorrente de peso do outro lado que era a URSS; esse foi um período de grandes construções industriais e também de indústrias pesadas e de armamento, tudo ajudado pelo EUA em razão da guerra fria. Cessando os efeitos da guerra fria a Europa foi induzida pelo capitalismo ora existente e seus teóricos a introduzir o neoliberalismo em seus países, e as privatizações foram grandes e os Estados se tornaram pequenos. 

É claro que países importantes como Franca, Noruega, Alemanha e Inglaterra dizem “Façam o que eu mando, mas não façam o que eu faço”. França é um dos países mais estatizados do mundo e, no entanto, apregoava a política neoliberal para os outros. Com o fim da URSS e o crescimento fantástico da China, da Índia e de países de terceiro mundo que recusaram a política neoliberal entre eles o Brasil, a produção e a produtividade dos países europeus passou a ter um peso muito grande no valor dos produtos.

é muito melhor investir em uma indústria no Brasil com mão de obra barata e geralmente no mercado emergente do que investir na própria Europa, na quantidade de indústrias européias que se proliferaram pelo país, é outra Europa no Brasil só que aqui não teve política neoliberal porque a eleição de Lula impediu que houvesse o pacto com os EUA e zona de livre comércio. E aí também os EUA não se beneficiaram daquilo que os europeus se beneficiaram, da política neoliberal. 

Hoje a chamada crise do euro encontra países totalmente descapitalizados sem poder cumprir se quer a sua obrigação de pagar o salário de seus funcionários. Isso ocorreu em Portugal, Itália, Grécia, Espanha e tantos outros que hoje estão totalmente paupérrimos, parecem o tigre de papel pronunciado por Mao Tsé-Tung no tempo da Guerra Fria. Essa crise ainda vai ter desfechos muito maiores. Agora é a França que está perdendo a sua capacidade.  

Dos três ‘AAA’ da chamada credibilidade a França já perdeu um desses. O que ocorre na Espanha é pior ainda porque a Espanha ficou totalmente descapitalizada e não pôde manter se quer a máquina estrutural do país, o grau idem tem o mesmo desfecho da Espanha. Vêem-se países que eram elogiados tempos atrás por seus investimentos em educação e que formaram técnicos importantes e hoje estão vindo para o Brasil. 

Vejam que reversão quando brasileiros desejavam ir para Espanha estudar ou trabalhar e o governo de lá não permitia visto de entrada, gerando com isso crises diplomáticas. Hoje os espanhóis estão vindo trabalhar no Brasil e ai temos que agradecer o governo Lula que botou pra fora o FMI e não assinou o pacto de Livre Comércio. 

Nós esperamos que os partidos socialistas europeus façam uma revisão em suas formas de governar tendo como exemplo o Brasil que também tem um partido de trabalhadores que conseguiu gerar em 08 anos mais de 15 milhões de novos empregos e instalação de indústrias, milhares de pequenas, médias e grandes empreendimentos.

Se os socialistas franceses mudarem o aspecto da sua política econômica poderão contar com a classe trabalhadora para reverter este quadro dantesco pelo que passa a Europa.

Esse é o nosso desejo.
Por: Souza

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

ESTATUTO DA IGUALDADE RACIAL COMPLETA UM ANO, E TUDO PERMANECE IGUAL


1)       A regulamentação do Estatuto da Igualdade Racial, ainda não aconteceu no país. Direitos que foram garantidos no texto sancionado pelo Presidente Lula em outubro de 2010, são aplicados de forma isolada em alguns estados e municípios. Sua aplicação, frente à dimensão do país, 27 estados e mais de 5.500 municípios, pode-se afirmar que inexiste. São três estados que adotam a política de cota de 20% para negros e índios nos concursos públicos. O Rio de Janeiro, logo após o texto sancionado, usa a metodologia da auto-declaração para a reserva de vagas nos concursos públicos. Os estados do Mato Grosso do Sul e Paraná adotaram a política por iniciativas próprias, antes de o estatuto ser sancionado.

2)       Nos municípios a situação ainda é mais grave. Das 5.500 cidades brasileiras só oito adotaram as cotas, segundo a SEPPIR- Secretaria de Política de Promoção da Igualdade Racial.  

3)     O que falta é vontade política tanto da União quanto dos Estados e Municípios. Se a sociedade civil não pressionar, ficará do “deixa como está para ver como é  que fica”. 

4)      Sabemos que essa tão falada democracia racial é um simulacro ideológico, invencionice que anulou a visão que os brasileiros têm de si próprios e da sua identidade nacional e nos coloca como indigentes culturais e em descrédito no cenário internacional. Essa visão também foi a razão do retalhamento do Estatuto no Congresso Nacional. 

5)     O avanço do Estatuto diz respeito de como evoluiremos como Estado e Nação. Como disputaremos hegemonia no cenário internacional, sem resolvermos nossas mazelas domésticas?
Para além do século XXI, existe uma correlação entre as relações internacionais e as relações sócio-raciais na engenharia mundial, não bastará pujança econômica se não resolvermos as questões centrais que geram as desigualdades. Por mais força econômica e acúmulo de riqueza que a humanidade conquiste, a divisão continua sendo injusta.

6)       Por isso, urge avançarmos em pontos importantes do Estatuto, além da regulamentação dos direitos já estabelecidos.